O termo evangelista vem da palavra evangelho. O evangelista proclama as boas novas da redenção para os perdidos. Além de seu uso em Efésios 4, o termo é também aplicado a Filipe (At 21.8) e a Timóteo, como uma exortação: "...fazei o trabalho de um evangelista..." (2Tm 4.5).
Dos dois exemplos bíblicos citados acima, podemos concluir que a diferença entre evangelista e apóstolo é que, o trabalho do primeiro, é simplificar o Evangelho e persuadir os homens à fé (os quais já tinham o conhecimento do Evangelho - Ver Atos 8.40). Observemos que Filipe ministra em Cesareia Marítima e Samaria, onde o Evangelho já fora introduzido pelos apóstolos de Cristo. Por sua vez, Timóteo exerceu o ministério evangelístico em Éfeso, onde Paulo já havia implantado uma igreja.
Geralmente, esses homens atraem multidões, pois são canais para sinais e maravilhas da parte de Deus. Muitas vezes esse ministério é relacionado com aquele que evangeliza. Porém, não é somente isso. Todos podem e devem evangelizar, e é claro que o evangelista evangeliza. No entanto, ele o faz com um amor sobrenatural pelas almas perdidas e conforme vai crescendo nesse amor e em fé, Deus começa a usá-lo como canal de milagres, atraindo a muitos. Muitos avivalistas de hoje são evangelistas, isso prova que é tal ministério que vai atrai o avivamento para a igreja.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO MINISTÉRIO EVANGELÍSTICO
1) O evangelista é aquele que anuncia as boas novas. Todos nós como participantes da igreja e da nova aliança em Cristo Jesus, temos que ter um pouco disso. Tal ação deve fazer parte do dia-a-dia de cada um dos outros 4 ministérios (apóstolos, profetas, pastores e mestres) falar e levar as boas novas.
2) O evangelista traz a mensagem redentiva de Deus, seu tema favorito é a salvação em sua forma mais simples e também é ele, junto com os apóstolos, que treinam a igreja para que ela desenvolva o ministério de reconciliação.
3) O evangelista tem um diferencial muito importante que é à unção ministerial. Esta unção acentua diversas características que vamos analisar em Atos 8:5-8
“Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria naquela cidade.”
3) Esse trecho das escrituras é bem o retrato do que um evangelista precisa ter: Palavra e sinais. Felipe estava equipado com os dons espirituais particulares, necessários ao seu ministério (operação de milagres e dons de curar). A exibição desses dons espirituais através dele é a melhor maneira da proclamação do evangelho
4) Outra coisa evidente é pregar sobre o reino. “Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo…” Havia sobre Filipe uma graça da parte de Deus.
5) O evangelista tem amor pelas almas e disposição de fazer o que for necessário para alcançá-las.
6) Diante da armadura de Deus vemos que a peça referente ao evangelista são as “sapatilhas do evangelho da paz”. Vemos que um evangelista tem o dever de andar por esse mundo sem se contaminar com ele, suas armas para ganhar o perdido não deverá ser as mesmas do mundo, mas sim as armas espirituais com as quais Deus nós capacita.
7) O ministério de um evangelista é mais um ministério itinerante, ministrado para os não salvos.
Os vários ministérios dados por Cristo são dependentes uns dos outros para que venham a obter resultados que permaneçam. O envio de Pedro e João a Samaria foi muito importante para que os resultados de Felipe permanecessem (At 8:14).
Como evangelista, Felipe tinha habilidade de fazer com que as pessoas fossem salvas, porém o seu ministério não foi além de trazer a salvação às pessoas. O evangelista não tem habilidade para estabelecer uma igreja, ou firmar as pessoas na Palavra, ou ensiná-las (salvos evangelistas que também sejam mestres).
A grande dificuldade nos dias atuais é a mundanização dos evangelista, Paulo nos ensina que devemos nos fazer de sábios para ganhar os sábios e loucos para ganhar os loucos, mas isso não significa que devemos nos mundanizar para ganhar o mundo.
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